Postulación: Escuela de Resiliencia de Mercociudades”

  • Natasha Javiel Comassetto
  • São Leopoldo
  • natashacomassetto@gmail.com
  • 55 51 99913.2664
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  • Sou Assessora Técnica do Observatório do Clima da cidade de São Leopoldo, Rio Grade do Sul - BR; Suplente da comissão municipal no Programa ProClima2050.
  • Bióloga com Mestrado em Qualidade Ambiental pela Universidade FEEVALE/RS
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  • Sequías | Inundaciones | Desprendimiento de tierras | Otro
  • Escasez de agua | Desigualdades sociales y económicas | Degradación ambiental | Otro
  • O município de São Leopoldo, localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre, possui uma área territorial de 109,009 Km2 e área urbana de 69,87Km2 dividida em 24 bairros e está situado no baixo curso da bacia hidrográfica do rio dos Sinos. Ocorre que a cidade cresceu em torno do Rio , fato este que impacta fortemente este recurso provocando a degradação hídrica (qualidade e quantidade de água), do solo (deslizamentos pela exposição) e da diminuição da vegetação ripária . São Leopoldo é uma cidade suscetível aos efeitos da mudança do clima, por se tratar de uma região que cresceu muito próxima do Rio dos Sinos o que leva a uma maior suscetibilidade a episódios de alagamentos e inundações, já que recebe todo o volume de água drenado das sub-bacias a montante. Dessa forma, a cidade sofre frequentemente com episódios episódios de chuva intensa, que associados a alta ocupação territorial muito próxima aos arroios e ao Rio faz com que os moradores tenham suas casas invadidas pelas águas . ponto critico que ocorre na cidade são os episódios de secas intensas, isto porque o crescimento desordenado em certas regiões acaba por impactar outro recurso natural - as nascentes que abastecem os arroios e o Rio dos Sinos e também sobre a vegetação que serve de proteção destes recursos. Os registros de ausência de precipitação causam impactos na disponibilidade hídrica e afetam o abastecimento público além do setor industrial e agrícola, no caso de São Leopoldo, os fenômenos citados são parte indissociável da história da cidade. As características geológicas, geomorfológicas e climáticas desfavoráveis condicionam a ocorrência de movimentos gravitacionais de massa em algumas partes do território municipal. Para além disso, a ocupação destas áreas sem acompanhamento ou planejamento adequado aumentam as chances de eventos causados pelos movimentos de massa, ampliando os impactos causados por eventos climáticos extremos.

  • A disponibilidade de água no Brasil depende em grande parte do clima. O Município de São Leopoldo é vulnerável às mudanças climáticas, como mencionado se projetam para o futuro. O aumento da escassez e estresse hídrico tem aumentado os episódios de seca. Para além da perspectiva climática, esse problema tem influência em um conjunto de fatores de ordem econômica de desenvolvimento social, de disponibilidade hídrica aliado ao aumento da demanda. Os principais problemas e processos que têm prejudicado a água é a intensa urbanização, que provoca o aumento da demanda e da contaminação da água; o estresse e escassez decorrentes de alterações na disponibilidade e a rede de distribuição de água potável, com perdas;
    O Indice de risco de impacto para a seca (AdaptaBrasil 2023) que mede o impacto das mudanças climáticas em sistemas socioecológicos, resultante da interação entre os eventos climáticos relacionados à seca aponta para uma mudança no cenário gaúcho até 2050 de baixo (0,26) para médio (0,4) até o ano de 2050. Nesse cenário, o município de São Leopoldo apresenta atualmente um índice de risco de impacto para seca de 0,36 e para 2030 e 2050, os cenários mostram-se pessimistas, com índices de 0,50 e 0,52 respectivamente.

  • O ultimo impacto ocorrido na região a passagem de um ciclone extratropical que atingiu não só a cidade de São Leopoldo, como várias outras cidades do entorno. Entre o meio da noite e a madrugada do dia 16/06/2023 choveu o histórico volume de mais de 246 mm em 18 horas, causando colapso nos sistemas de drenagem que não suportaram o volume de chuva intenso. Várias famílias tiveram que ser retiradas das suas casas durante a noite como medida de segurança, outras foram retiradas durante o dia seguinte. Como moradora e também servidora pública do Município, a qual já passou por muitos episódios intensos como esse, a primeira atitude é ir para o Ginásio Municipal para auxiliar as famílias que são retiradas das áreas de risco e que são enviadas para lá para serem abrigadas. A Defesa Civil contabilizou 16 pessoas morreram por consequência dos temporais causados pelo ciclone em todo a região e milhares de desabrigados.

  • Sim, com certeza. A abordagem de resiliência é uma ferramenta importante de resposta e adaptação às situações de adversidades e ameaças. Por isso é essencial ter conhecimento , entendimento e visibilidade de todas as esferas de resposta tanto do poder público, quanto das organizações públicas e privadas frente as adversidades.

  • O compromisso da governança local frente a necessidade de tornar a cidade resiliente e sustentável está assinalado em uma série de ações promovidas no âmbito municipal, bem como iniciativas que extrapolam seus impactos no município, como por exemplo, o seminário Internacional de Mudanças Climáticas, realizada em colaboração com a rede Mercocidades e ICLEI , resultou na construção do 1º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do município de São Leopoldo, lançado em julho de 2022 durante o Seminário . Estas iniciativas alimentam a política de enfrentamento às mudanças climáticas no Plano Local de Ação Climática do Município de São Leopoldo 2020 – 2050. Escritório: Observatório de Mudanças Climáticas criado em outubro de 2021.

  • Carta Mercociudades