Escola de Resiliência de Mercocidades encerra em Niterói

Escuela de Resiliencia Mercociudades

Após três dias intensos de compartilhamento de experiências, recursos e aprendizados, a 8ª edição da Escola de Resiliência de Mercocidades foi encerrada em Niterói, com a participação de representantes de cidades de sete países latino-americanos.

O evento foi aberto na quarta-feira, 1º de outubro, pelo secretário executivo de Mercocidades, Lautaro Lorenzo, e pelo secretário de Governo da cidade-sede, Felipe Peixoto, que destacaram a necessidade de abordar as mudanças climáticas sob a perspectiva de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” e compartilharam avanços e reflexões sobre experiências locais de resiliência e desenvolvimento sustentável.

Mais tarde, o ex-prefeito de Niterói, Axel Grael, e o atual prefeito, Rodrigo Neves, participaram do evento, compartilhando a estratégia de resiliência da cidade. O plano foi desenvolvido após chuvas intensas que mergulharam Niterói em uma tragédia em 2010, resultando em centenas de mortes e na perda de 8.000 casas. Em resposta, a Prefeitura de Niterói implementou um plano estratégico de resiliência que integra defesa civil, aplicações tecnológicas, projetos de infraestrutura, preservação de áreas verdes e capacitação para grupos comunitários.

No âmbito da Escola, foram realizadas quatro visitas técnicas a experiências locais ligadas à resiliência e ao desenvolvimento sustentável: o Radar Meteorológico, a iniciativa Encosta Verde e o Parque Orla Piratinigna, em Niterói; além do Centro de Resiliência do Rio de Janeiro.

Diversas organizações parceiras de Mercocidades também contribuíram para o evento, compartilhando suas ferramentas e recursos para o combate, mitigação e adaptação às mudanças climáticas. As atividades tambiém foram acompanhadas pela Rede de Cidades Resilientes (coorganizadora da Escola), o Escritório das Nações Unidas para a Gestão de Riscos de Desastres (UNDRR), os Governos Locais para a Sustentabilidade (ICLEI), a Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP) e o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (G-Com).

Quase 30 representantes de governos locais da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Honduras, México e Uruguai participaram da capacitação. Após a conclusão da Escola, os participantes têm 10 dias para submeter seus projetos finais. Esses projetos são avaliados por um comitê que seleciona até três casos que receberão apoio (passagem internacional e hospedagem durante o intercâmbio) para fortalecer suas estratégias locais de resiliência por meio de assistência técnica e/ou troca de experiências em cidades latino-americanas.

A Escola de Resiliência faz parte do Programa de Cooperação Sul-Sul de Mercocidades e é organizada anualmente por Mercocidades e pela Rede de Cidades Resilientes.